Viajantes do Reino Unido com voos cancelados antes da Páscoa
Parece que nunca mais existe uma retoma efectiva do turismo, com problemas diversificados a surgirem em diversos países minam a confiança dos viajantes. Exemplo deste facto, na semana passada, o alarme disparou no Reino Unido: as companhias aéreas EasyJet e British Airways (BA) foram obrigadas a cancelar mais de uma centena de voos devido a um número considerável de ausências de funcionários devido ao COVID-19, coincidindo com uma alta actividade nos aeroportos do Reino Unido devido às férias escolares da Páscoa. Diariamente a imprensa britânica anuncia de forma contínua cancelamentos de mais voos.. “Estamos perante um tempestade perfeita: ocorre uma combinação de eventos com infecções por COVID-19, falta de pessoal, a guerra, o aumento do custo de vida numa das épocas mais movimentadas do ano, como são as férias da Páscoa, explica a agência de marketing turístico ThePCAgency.
Os altos índices de infecções pelo coronavírus no país nas últimas semanas causaram demissões de funcionários em companhias aéreas e aeroportos que já sofriam com uma grave crise de falta de pessoal, depois de inúmeros funcionários terem deixado o sector após a pandemia. Desta forma, de um total de 2.300 voos que saem diariamente do Reino Unido, entre 100 e 120 foram cancelados, a maioria da EasyJet e da BA, detalha o porta voz desta agência a um canal de televisão britânico.
Os dados apontam para a continuação desta situação durante e após a Páscoa, justamente quando a actividade começou a recuperar depois de os países terem eliminado as últimas restrições devido à COVID-19. "Estima-se que a situação vá durar pelo menos mais ou menos oito semanas. Vai levar alguma tempo a encontrar novos talentos e treiná-los para entrar em todas as áreas relacionadas com a indústria do transporte aéreo", diz a ThePCAgency .
À falta de pessoal, Charles acrescenta mais um elemento ao coquetel de fatalidades: a demora na aprovação dos passes de acesso às áreas de segurança nos aeroportos para funcionários quer dos aeroportos quer das companhias aéreas. Mostra-se irónico que, apesar do desejo das pessoas viajarem novamente após a pandemia, estejam a ocorrer tantos problemas no transporte aéreo e tão difíceis quanto os criados pela COVID-19.
Filas nos aeroportos
Mas a escassez de mão de obra é um problema tanto no solo quanto no ar. O aeroporto de Manchester informou que os viajantes continuarão a enfrentar esperas de 60 a 90 minutos para passar pela segurança nas próximas duas semanas, enquanto os aeroportos de Heathrow, Gatwick e Birmingham estão enfrentar situações semelhantes. Por esse motivo, os funcionários dos aeroportos pedem aos passageiros que cheguem pelo menos três horas antes do voo para conseguirem chegar à sala de embarque dentro do horário. A este respeito, a Associação de Operadores de Aeroportos da Grã-Bretanha disse que seus membros estão a tentar aumentar o pessoal o mais rápido possível.
Turismo Interno
Perante esta situação, as autoridades, dado o grande pico de procura, recomenda aos viajantes que no caso do seu voo ter sido cancelado, uma das opções é pedir o reembolso e fazer a reserva no Reino Unido. Infelizmente será um prejuízo para o transporte aéreo, e para os destinos turísticos escolhidos pelos britânicos, mas o turismo interno será sempre uma alternativa boa para a economia do reino Unido.
12 Abril 2022